Agência classifica cerca de R$ 1,0 bilhão em títulos do FIDC Driver Brasil Three
A Moody's atribuiu classificação de risco Aaa.br (sf) às cotas sênior e Aa2.br (sf) às cotas mezanino que serão emitidas pelo FIDC Driver Brasil Three Banco Volkswagen, uma securitização lastreada por uma carteira de financiamento de veículos originados pelo Banco Volkswagen. As cotas pagarão taxa de juros variável composta pela taxa DI acrescida de um spread pré-fixado. O Banco Bradesco desempenhará os papéis de custodiante e banco centralizador. A BEM DTVM S.A. e a BRAM DTVM serão o administrador e gestor, respectivamente. O Banco Volkswagen, o originador e agente de cobrança, é uma subsidiária do Volkswagen Financial Services AG, por sua vez controlada pela Volkswagen AG. O vencimento das cotas está previsto para ocorrer 60 meses contados de seu início. A nota da agência foi baseada nos seguintes fatores, entre outros: (i) suporte de crédito inicial na forma de subordinação de 8,0% para as cotas sênior e de 6,6% para as cotas mezanino. Após o início da operação, para que os fluxos de caixa sejam liberados aos cotistas juniores, a subordinação precisa atingir 10,0% para a razão de garantia sênior e 6,6% para a razão de garantia mezanino; (ii) a operação conta com uma reserva de liquidez de 1% do valor de principal descontado na data de aquisição; (iii) gatilhos de monitoramento de desempenho de ativos que podem exigir um aumento das razões de garantia sênior e mezanino para 15% e 9% respectivamente, caso a performance deteriore e a razão de perda líquida acumulada estiver acima de 1,5% nos primeiros 12 meses ou 3,5% entre o 13° e o 24° mês. Se a qualquer momento a razão de perda líquida acumulada for maior que 5,0%, o fundo entrará em amortização sequencial; (iv) a forte performance histórica dos financiamentos originados pelo Banco Volkswagen, reflexo de uma política de crédito robusta de underwriting. (v) a boa qualidade de crédito da carteira pulverizada (56.826 financiamentos, 88% para Pessoa física) e estática-alvo para o FIDC; (vi) o papel do grupo Banco Bradesco; (vii) a estrutura da operação e os aspectos jurídico; (viii) a premissa média de default da carteira de 4,0%, que reflete a preocupação da Moody's sobre o potencial impacto de maior deterioração do ambiente macroeconômico brasileiro no desempenho da carteira subjacente dos financiamentos de veículos; (ix) a documentação da operação prevê que o fundo firme um contrato de swap de taxa de juros com uma contraparte de swap elegível (Banco Bradesco, Itaú Unibanco, ou Banco Santander) para mitigar o risco de descasamento de taxa de juros entre os direitos creditórios com taxa de juros pré-fixadas e as cotas com rendimentos pós-fixados.