A CVM divulgou comunicado informando que, ontem, dia 19/09, auxiliou a Polícia Federal na implementação de medidas de busca e apreensão relacionadas com possíveis irregularidades em gestão de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). A autarquia, que já havia colaborado com operação realizada pela PF em 10 de setembro para reprimir a prática de churning, reitera que a atuação é mais um fruto do acordo de cooperação mantido entre as duas instituições. A operação, denominada Miquéias, cumpriu mandados judiciais no Distrito Federal e em nove estados. Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa, que utilizava contas bancárias de empresas de fachada abertas em nome de “laranjas” para lavar dinheiro, aliciava prefeitos e gestores de regimes próprios de Previdência Social a fim de que aplicassem recursos das respectivas entidades previdenciárias em fundos de investimentos com papeis pouco atrativos, geridos pela própria quadrilha e com alta probabilidade de insucesso. Esses fundos eram formados por “papeis podres”, decorrentes da contabilização de provisões de perdas por problemas de liquidez e/ou pedidos de recuperação judicial dos emissores de títulos privados que compõem suas carteiras. A instituição acrescenta ainda que severos prejuízos foram verificados no patrimônio desses regimes próprios de Previdência Social. Os presos e indiciados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de gestão fraudulenta, operação desautorizada no mercado de valores mobiliários, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica. A Uqbar não obteve acesso aos nomes dos FIDC envolvidos.
Rankings
Mais Recentes
fii
cri