A Fitch elevou sua classificação de risco da primeira série de cotas sênior do FIDC Casan Saneamento de ‘Asf(bra)’ para ‘AA-sf(bra)’. O fundo é uma securitização de fluxos futuros de recebíveis oriundos da prestação de serviços de saneamento básico, principalmente no Estado de Santa Catarina. A administração é feita pela Caixa, que também é o agente de centralização dos pagamentos dos direitos creditórios, e o custodiante é o Banco do Brasil. A primeira série de cotas sênior tem como benchmark uma taxa de 9% ao ano e é corrigida monetariamente, em base mensal, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esta emissão tem prazo de 120 meses e carência para pagamento de principal de 36 meses. Após este período, serão realizadas 84 amortizações mensais de principal e juros até o vencimento final. No final de junho de 2015 o saldo devedor da classe sênior era de BRL252,17 milhões. O risco de crédito está atrelado principalmente ao risco de desempenho e de continuidade da cedente Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) prestar serviços públicos de saneamento básico, de forma a manter suas atividades operacionais em nível suficiente para beneficiar a operação. Segundo a agência, estes riscos são considerados baixos devido à natureza dos serviços que originam os recebíveis cedidos ao fundo. A expectativa inicial da Fitch no cenário base é de que o índice de cobertura do serviço da dívida (DSCR) seja equivalente a 13,0 vezes, após a carência de 36 meses para pagamento do principal. O DSCR mínimo estabelecido na operação é de 5,0 vezes e, caso não seja mantido, o fundo deverá reter 2,5 vezes o serviço da dívida para amortizar antecipadamente o saldo das cotas. Desde o começo da operação, em junho de 2014, o menor DSCR observado foi igual a 10,6 vezes, e a média dos últimos 12 meses até junho de 2015 foi de 21,8 vezes.

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