Dentro da evolução observada no mercado de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) nos últimos anos, um dos fatores que tem chamado a atenção diz respeito à forte participação do investidor pessoa física como adquirente destes títulos. Um aspecto ao mesmo tempo motivador e decorrente desta forte demanda está ligado ao formato da remuneração que tem sido praticada nas operações realizadas. Desde 2013, ano em que se intensificou o ritmo de emissões deste mercado, mais de 80% do total emitido em CRA teve remuneração atrelada à Taxa DI. Neste mesmo período, praticamente 100% das compras de CRA realizadas por investidor pessoa física foram de títulos remunerados a esta mesma taxa. A remuneração pós-fixada à Taxa DI diminui a incerteza, e o risco, associado às mudanças na curva de juros.