Em circular do último dia 1º de novembro, a Caixa Econômica Federal definiu condições e procedimentos para a compra, pelo Agente Operador do FGTS, de cotas de FII, FIDC, CRI e debêntures, desde que possuam lastro em operações do setor de infraestrutura urbana. O valor alocado para estes investimentos chega a R$ 3,00 bilhões. Esta medida vai ao encontro de recentes manifestações do Governo Federal no sentido de editar medida provisória alterando o tratamento tributário concedido a investimentos em cotas de FIDC dedicados a carteiras de recebíveis originados junto ao setor de infraestrutura.

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As cotas sênior do FIDC Brazil Plus Multisegmento, em montante de R$ 26,1 milhões, tiveram sua classificação de risco preliminar (‘brAAA (sf)’) reafirmada pela S&P. Já às cotas subordinadas mezanino foi atribuída a classificação preliminar ‘brA- (sf)’, em montante de R$ 11,6 milhões. O fundo investe em recebíveis performados de diversos segmentos e têm perfil multicedente/multissacado. As cotas sênior e subordinadas mezanino têm rentabilidade-alvo de 125,0% e 145,0% da taxa DI, respectivamente.

Mesmo levando em conta a semana mais curta em número de pregões, 29/10 a 1/11, o volume no secundário de cotas de FIDC foi bastante reduzido na última semana de outubro. Foram registrados 30 negócios na Cetip, referentes a um montante consolidado de R$ 11,6 milhões. Em relação à semana anterior, o número de negócios foi 66,3% menor (89), enquanto o montante negociado se reduziu em 86,4% (R$ 85,6 milhões). A cota sênior 2 do FIDC Cedae apresentou o maior montante negociado (R$ 2,9 milhões) e o maior número de negócios (6). Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.

O FIDC CESP IV, fundo que investe em direitos creditórios cedidos pela CESP, teve a classificação de risco de suas cotas sênior ('brA') colocada em Credit Watch Negativo pela S&P. A razão desta ação é fundamentada pela agência por conta das possíveis implicações negativas que a antecipação da renovação das concessões da CESP referentes à exploração de três usinas, com tarifas inferiores às praticadas atualmente, possam ter sobre a capacidade do fundo de honrar suas obrigações total e pontualmente, suportando um nível de estresse consistente com a atual classificação de risco.

A S&P elevou as classificações de risco preliminares referentes às 1ª e 2ª séries de cotas sênior do FIDC Indústria Exodus Master, passando de ‘brAA(sf)’ para ‘brAAA(sf)’. Nesta mesma ação a S&P também atribuiu preliminarmente a classificação ‘brAAA(sf)’ à 3ª série de cotas sênior – a ser emitida no montante de até R$ 60,0 milhões. O objetivo do fundo é adquirir direitos creditórios de empréstimos concedidos a pequenas e médias empresas; em outubro esta carteira era composta exclusivamente de CCB. A rentabilidade-alvo da 1ª série é 135,0% da Taxa DI , e das 2ª e 3ª séries é 130,0% da Taxa DI.

Durante o mês de outubro de 2012 foram registrados 301 negócios de cotas de FIDC na Cetip, referentes a um montante consolidado de R$ 276,7 milhões. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA. A cota sênior 1 do FIDC Saneago apresentou o maior montante negociado (R$ 62,6 milhões) e o maior número de negócios (47).

A Fitch atribuiu ontem a classificação de risco ‘B(bra)’ à primeira série de cotas sênior do FIDC Kobold Mercantis e Financeiros II NP, em montante de R$ 191,2 milhões. A remuneração-alvo consiste em 119% da taxa anual DI. O fundo tem perfil multicedente/multissacado e seu objetivo é investir em duplicatas mercantis com coobrigação geradas pela Kobold, consultora de crédito do fundo.

Na semana de 22 e 26 de outubro foram registrados 89 negócios de cotas de FIDC na Cetip, referentes a um montante consolidado de R$ 85,6 milhões. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA. A cota sênior 1 do FIDC Saneago apresentou o maior montante negociado (R$ 26,2 milhões) e a cota sênior 1 do FIDC CESP IV registrou o maior número de negócios (38). O montante registrado foi 30,9% superior ao volume financeiro apresentado na semana passada (R$ 65,4 milhões) enquanto a quantidade de negócios dessa semana superou em 53,4% o número de transações da semana anterior (58).

 

O FIDC Bertolucci NP adquiriu direitos creditórios oriundos de 30,0% dos direitos econômicos sobre o jogador de futebol Marquinhos que, atualmente, se encontra na equipe italiana de futebol Roma. O ativo foi cedido pelo cotista exclusivo do fundo. O fundo receberá 30,0% do valor gerado a partir das transações financeiras dos direitos econômicos do atleta. Esta foi a segunda aquisição de direitos econômicos de jogador pelo fundo. Para entender melhor esta operação, ver artigo "FIDC-NP para investir em direitos econômicos de jogadores de futebol" publicado pela Uqbar em 06/09/2012.

 

Foi registrado na CVM em 16/10/12 o FIDC Aberto San Domingos NP, que terá como administrador e gestor a BRL Trust. Com este, o número de fundos registrados na CVM no ano somam 49, quantidade 42,4% abaixo do número registrado no mesmo período do ano passado (85).