As cotas dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) negociadas no mercado secundário da BM&FBOVESPA sofreram tendência de queda em seus preços pelo quarto mês consecutivo. O preço médio, entre todos os FII negociados no respectivo mês, teve variação de -2,3% durante o mês de abril, de -2,4% em maio, de -4,4% em junho, e agora de -3,0% em julho. No acumulado do ano até o final de julho a queda já atinge 11,4%.

Este movimento baixista se reflete no comportamento do IFIX, o índice referencial do mercado de FII. Do final de dezembro de 2012 ao final de julho de 2013, este índice acumula queda de 9,3%. O IFIX considera não somente a variação de preço das cotas dos fundos que o compõem, mas também seus rendimentos distribuídos.

Dentre os 77 FII que apresentaram negócios de suas cotas tanto em julho de 2013 quanto em dezembro de 2012, apenas quatro acumulam alta no período nos seus respectivos preços médios mensais. São eles o RB Capital Desenvolvimento Residencial II, o GWI Condomínios Logísticos, o Aesapar e o RB Capital Renda II.

A Uqbar utiliza o preço médio mensal, ponderado por montante negociado, para o cálculo das variações de preço de cota dos FII. Para o cálculo referente à variação acumulada no ano até o final do mês de julho, são utilizados os preços médios mensais de dezembro de 2012 e de julho de 2013, e são considerados todos os FII que apresentaram negociações em ambos aqueles meses, inclusive os que contaram com amortização no período.

A Tabela I exibe os quatro fundos que exibiram variação positiva de preço de suas cotas no acumulado de 2013:



Dentre as quatro maiores variações vale pontuar que apenas o AEFI11 vem exibindo um nível relativamente melhor de liquidez no mercado secundário. Em 2013 este fundo apresenta média mensal de montante negociado superior a R$ 6,0 milhões e de número de negócios próximo a 900. A Tabela II registra os dados médios mensais de liquidez dos quatro fundos que apresentaram maior valorização de preço de cota no ano até julho:




Do outro lado do espectro, dentre os 71 fundos que apresentam desvalorizações do preço médio de suas cotas no acumulado dos sete primeiros meses de 2013, 45 deles acumulam desvalorizações de suas cotas superiores a 10,0% e, dentre estes, seis acumulam desvalorizações superiores a 25,0%. A Tabela III exibe este último grupo trazendo as respectivas variações negativas dos preços de suas cotas no acumulado de 2013:



Vale destacar que somente durante o último mês de julho os FII TRX Edifícios Corporativos (XTED11) e Polo Recebíveis Imobiliários I apresentaram quedas mais intensas de preço de suas respectivas cotas, de 26,7% e de 10,1% respectivamente. Mas a queda referente ao XTED11 está diretamente relacionada à uma amortização de 22,7% do valor inicial de suas cotas que decorreu em função da devolução de recursos que não foram empregados na compra de um imóvel. Além disto, o outro fundo que também contou com amortizações durante 2013 é o FII RB Capital Prime Realty I, cujas cotas sênior (RBPR11) foram amortizadas em 25,9% do seu valor patrimonial referente à dezembro de 2012.
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