Negócios Cetip (FIDC) – 18 a 22/ago/14

Na semana passada foram registrados 56 negócios com cotas de FIDC na Cetip que totalizaram R$ 50,39 milhões. A cota com maior montante negociado (R$ 16,97 milhões) foi a cota sênior 3 do FIDC Insumos Básicos da Indústria Petroquímica. Administrado pela Intrag DTVM, este fundo investe em recebíveis comerciais originados pela Petrobras representados por notas fiscais. A cota sênior 1 do FIDC Lecca, novamente, obteve o maior número de negócios (12). Este fundo é administrado pela SOCOPA e adquire direitos creditórios oriundos de operações de compra e venda de mercadorias e/ou prestação de serviços e/ou operações de crédito e financiamento, todos eles previamente analisados pela consultora Epanor Lecca.  Além das cotas dos fundos acima, negócios com cotas de outros 15 FIDC foram registrados na Cetip. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.

Cotistas do Multisetorial Lego LP aprovam emissão de nova série de cotas sênior

Veja abaixo esta e outras decisões tomadas no âmbito de assembleias de FIDC divulgadas entre 18 e 22 de agosto de 2014

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Eco Multi e BVA Master III com mais de 75% da carteira em atraso

Ao final de julho de 2014 o FIDC Eco Multi Commodities Financeiros Agropecuários se manteve como o FIDC com maior índice de Atraso Normalizado (Atrason1). Este fundo, que investe em créditos oriundos do agronegócio, chegou a marca de 81,7% dos direitos creditórios em atraso, sendo o único fundo com mais de 80,0% de direitos creditórios em atraso no mês. Logo em seguida figura o FIDC Multisetorial Master III, antigo BVA Master III, um fundo que investia em direitos creditórios oriundos de empréstimos concedidos pelo Banco BVA a empresas de pequeno e médio porte. Ambos os fundos comungam do fato de não mais contar com qualquer subordinação como reforço de crédito para as suas cotas sênior, além de encontrarem-se em processo de liquidação, após longo período sob estresse.

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Cotas sênior do FIDC Empírica Sorocred Cartões recebem classificação

A Fitch atribuiu a classificação de risco ‘BBB-(exp)sf(bra)’ à emissão da 1ª série de cotas sênior do FIDC Empírica Sorocred Cartões, no valor de até R$ 39,0 milhões. Este fundo terá como objetivo investir em recebíveis relativos a compras feitas com cartões de crédito de bandeira privada, emitidos pela Sorocred – Crédito, Financiamento e Investimento, cedente da operação. Estes cartões são nacionais, com foco nas classes C, D e E, de menor poder aquisitivo. Dentre os fundamentos da classificação de risco citados pela agência, pode-se destacar: (i) o reforço de crédito proporcionado pela taxa de subordinação de 40,0%; (ii) o baixo alinhamento de interesse econômico entre o cedente e o fundo, tendo em vista que os devedores possuem a prerrogativa de efetuar os pagamentos dos direitos creditórios em valor inferior ao estabelecido nas faturas, pagando na data de vencimento. Assim, a Sorocred, como cedente e servicer, tem baixo incentivo em cobrar o pagamento integral da fatura nas datas de vencimento, pois, em caso de atrasos, o fundo não terá direito ao recebimento dos juros; e (iii) o entendimento, pela agência, de que a cedente desempenha papéis cruciais para a boa performance da operação (originação, análise de crédito, emissão de faturas e cobrança própria de créditos inadimplentes), de forma que uma piora da qualidade de crédito da Sorocred poderá afetar o desempenho dos créditos cedidos para a operação. Até o dia 20 de agosto este fundo não constava na lista de FIDC registrados na CVM.

Cotas sênior do FIDC FCORP Crédito Privado são classificadas com AA

A S&P atribuiu as classificações de risco preliminares ‘brAA (sf)’ e ‘brBBB (sf)’ às cotas sênior e mezanino a serem emitidas pelo FIDC FCORP Crédito Privado, respectivamente. O fundo será constituído sob o formato de condomínio aberto e terá sua carteira de direitos creditórios composta por títulos de dívida corporativa e emissões de instituições financeiras. O reforço de crédito disponível para os cotistas será proporcionado pela subordinação de cotas, com mínimo de 22,0% para as cotas sênior e 15,0% para as cotas subordinadas mezanino. As cotas sênior terão como rentabilidade alvo 109,0% da taxa DI. Já as cotas subordinadas mezanino buscarão uma rentabilidade alvo equivalente a 115,0% da mesma taxa. Ao final de cada mês, cada cotista poderá solicitar o resgate de até 35,0% de suas cotas. Até ontem, 19 de agosto, o fundo ainda não constava na lista de fundos registrados na CVM.

Alta da inadimplência ocasiona rebaixamento de cotas do Crédito Universitário

A agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) rebaixou a classificação de risco de seis séries de cotas de classe sênior do FIDC Crédito Universitário, de 'AA+' para 'AA-', na última sexta-feira (15/08). A agência identificou uma tendência de crescimento de créditos inadimplentes há mais de 180 dias, cujos devedores celebraram o primeiro contrato entre os anos de 2007 e 2010, o que motivou a ação de classificação de risco. O fundo investe em recebíveis educacionais originados por "contratos de financiamento ligados ao segmento educacional, incluindo contratos de Crédito Direto ao Consumidor para pagamento de prestação de serviços educacionais ou Contratos de Mútuo para financiar débitos de serviços educacionais". O gestor do fundo, Ideal Invest, esclareceu a S&P que isso é consequência de uma análise de crédito inicial mais fraca por conta dos critérios de seleção de alunos (devedores) utilizados no período acima mencionado e do concomitante aumento do custo financeiro do financiamento para esses alunos. A gestora do fundo propôs ainda aos cotistas uma alteração na estrutura do FIDC, a ser deliberada na próxima assembleia geral de cotistas. Por consequência disto, a S&P inseriu as classificações de risco na listagem CreditWatch com implicações negativas, pois acredita que existe a possibilidade, dependendo de decisão dos cotistas do fundo, da proteção de crédito do fundo não ser reforçada.

Indústria de FIDC se mantém estável, NP cresce 14% em doze meses

Em fins de julho de 2014 o valor consolidado de Patrimônio Líquido (PL) dos 410 Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) em atividade no momento, um recorde para este indicador, totalizavam R$ 50,22 bilhões. Se comparado com junho de 2014, quando o montante era de R$ 51,57 bilhões, a queda foi de apenas 2,6%. Comparado a dezembro de 2013 – quando o PL da indústria era de R$ 53,30 bilhões -  e julho do mesmo ano (R$ 50,37 bilhões), a retração foi de 5,8% e 0,3%, respectivamente. A estabilidade deste indicador verificada nos últimos doze meses, no entanto, é contrastada com a vigorosa expansão dos FIDC Não Padronizados (FIDC NP). Desde dezembro de 2013 o PL deste segmento tem se elevado em grande medida, e culminou, em julho de 2014, com recorde de número de fundos em operação e de montante. Com isso, a fatia dos FIDC NP frente ao total da indústria chegou a 21,5%, a maior proporção desde a criação dos Não Padronizados, como ilustrada pela Figura 1.

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Mesmo com voto contra, cotistas de FIDC GP Aetatis Imobiliários II prorrogam duração do fundo

Veja abaixo esta e outras decisões tomadas no âmbito de assembleias de FIDC divulgadas entre 11 e 15 de agosto de 2014

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Uma empresa deficitária, um FIDC inovador e investimentos de sucesso

De que forma uma empresa que apresenta, ano após ano, prejuízos da ordem de centenas de milhões de reais, consegue obter financiamento? Naturalmente, uma operação de crédito tradicional, se viabilizada, seria proibitivamente custosa e pouco eficiente economicamente. Eis que surge a securitização como opção mais apropriada, eliminando intermediários e possibilitando a separação entre o perfil creditício desta empresa e a qualidade de seus recebíveis. Assim, a escolha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi pela estruturação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Acompanhe neste artigo como um fundo peculiar se consolidou com um caso de sucesso da indústria de FIDC.

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Nova série de cotas sênior do Multi Recebíveis II recebe classificação

A S&P atribuiu a classificação de risco preliminar ‘brAA (sf)’ à 9ª série de cotas sênior a serem emitidas pelo FIDC Multi Recebíveis II. Este fundo é constituído sob formato de condomínio fechado com vencimento final indeterminado e sua carteira é composta por recebíveis comerciais performados, representados por CCB, duplicatas e cheques originados de contratos de compra e venda ou prestação de serviço referentes a operações realizadas nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços, que atendam aos critérios de elegibilidade e às condições de cessão definidas no seu regulamento. A 9ª série de cotas sênior buscará uma rentabilidade alvo equivalente à Taxa DI acrescida de um spread de 3,3% ao ano. Está série será amortizada em sete parcelas trimestrais após um período de carência de 18 meses. A agência ainda reafirmou as classificações de risco preliminares ‘brAA (sf)’ atribuídas às 7ª e 8ª séries de cotas sênior deste fundo.

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