A rentabilidade efetiva média das 158 cotas de FII negociadas¹ na B3 continua em patamar negativo em 2020, apesar do desempenho positivo em outubro. Depois de ter atingido -16,0% no acumulado até maio, a Taxa Interna de Retorno (TIR) calculada para 2020 até julho se fixou nos -10,8%. Agora, considerando a variação de preços e as distribuições de rendimentos até outubro esse percentual se reduziu para -9,9%.

O mercado de CRA alcançou a marca de R$ 9,33 bilhões em emissões consolidadas desde o início do ano de 2020. Em base anual este montante já representa a quarta maior marca da história deste mercado. Diferentemente do comportamento observado no segmento nos últimos seis anos, quando os títulos eram, em sua grande maioria, ofertados via ICVM 400, neste ano a maior parte dos títulos foi ofertada via ICVM 476. Tal movimento ganhou força a partir de uma deliberação da CVM que mudou a dinâmica das emissões neste mercado para este ano.

No acumulado até o fim de outubro, 2020 já registra R$ 45,02 bilhões em negócios com cotas de FII. A cifra, recorde, representa um crescimento de 38,5% frente ao acumulado em todo o ano de 2019. Em relação ao número de negócios o cenário não é diferente. Mais de 29 milhões de negócios transcorreram na B3 em 2020, mais do que todos os anos anteriores somados.

A CVM divulgou ontem, 04 de novembro, Ofício-Circular que estabelece que o envio de informações periódicas e eventuais dos FIDC deverá ocorrer, exclusivamente, por meio do sistema Fundos.NET, que é operado pela B3.

Na última sexta-feira encerrou-se o prazo para o envio de comentários a respeito da audiência pública para regulamentar as companhias securitizadoras de direitos creditórios, emissoras de valores mobiliários ofertados publicamente. A minuta, que agora está em análise, busca equiparar o arcabouço regulatório aplicável às companhias securitizadoras em geral àquele desenvolvido no âmbito da ICVM 600, que trata das securitizadoras do agronegócio. A audiência reforça o compromisso da CVM com a securitização compreendida em seus termos mais amplos, e a coloca como etapa inescapável do desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Refletindo essa importância, Uqbar reproduz abaixo alguns dos pontos abordados em sua manifestação.

A B3 marcou para novembro de 2020, ainda sem dia definido, o início do empréstimo de cotas de FII e de FIP. Segundo a bolsa, a medida visa atender a demanda dos participantes do mercado.

Ontem, ao final do dia, o mercado de FII recebeu, através de fato relevante, a informação de que está perto de se concretizar uma transação entre dois FII de shopping centers envolvendo a participação em um ativo localizado em Belém-PA. Os fundos em questão são o XP Malls (XPML11), na figura do vendedor, e o Legatus Shoppings (LASC11), na figura do comprador. A operação alcança o valor de R$ 83,0 milhões.

Observando o cenário empresarial em todo o mundo, uma coisa parece bastante clara: cada vez mais as cadeias produtivas procuram não só o lucro financeiro, mas também impactos socioambientais positivos em seus negócios. Obviamente, o mercado de capitais tende a acompanhar essa dinâmica, se tornando um poderoso aliado para a implementação desses projetos.

Hoje, dia 28 de outubro, completa-se seis meses de vigência da única operação de CRA realizada pela Fortesec até aqui em 2020. Apesar do prazo já decorrido ser pouco significativo frente ao prazo total esperado da operação, de aproximadamente 61 meses, ontem, em assembleia geral de investidores, foram aprovadas mudanças importantes na estrutura da operação, principalmente em relação à remuneração dos investidores.

Na última sexta-feira, dia 23 de outubro, a agência de classificação de risco Fitch informou o mercado sobre a recente ação de elevação da nota de crédito das cotas sênior do FIDC Contour Global Brasil. Tanto a primeira quanto a segunda série de cotas sênior foram elevadas de 'AA-' para 'AA'.