Emissões de CRI voltam a crescer após três meses consecutivos de quedas

No mês de setembro foram emitidos R$ 563,7 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), interrompendo a sequência de três meses de quedas sucessivas no montante de emissões de CRI. As emissões mensais começaram a cair após o mês de maio, quando foi emitido R$ 1,42 bilhão em títulos. Em junho, o montante emitido foi de R$ 982,3 milhões, uma queda de 30,8%, seguido de números ainda menores para julho, R$ 408,2 milhões (58,4% comparativamente ao mês anterior) e agosto, R$ 363,3 milhões (11,0%).

O valor registrado neste último mês é bem próximo à média mensal das emissões do ano, R$ 531,4 milhões. Setembro também foi o mês que registrou o terceiro maior montante emitido de CRI em 2012, ficando atrás apenas dos meses de maio e junho respectivamente.

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Crescimento e mudança de comportamento nas negociações de CRI em 2012

O montante de negócios com Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) registrados na Cetip no mês de setembro somou R$ 934,9 milhões, o que equivale a um crescimento de 56,8% em relação ao emitido em agosto (R$ 596,4 milhões). Parte importante desse crescimento é decorrente das negociações registradas com os CRI da 74ª série da RB Capital Residencial, da empresa RB Capital. Estes títulos, emitidos em 13 de setembro de 2012, negociaram uma vez totalizando um montante de R$ 245,8 milhões, o que correspondeu a 26,3% do total negociado no mês.

O comportamento observado em setembro corrobora o forte crescimento do montante negociado de CRI nos primeiros nove meses de 2012. Até 30 de setembro foram registrados na Cetip negócios que totalizaram R$ 10,80 bilhões, o que equivale a um crescimento de 71,1% quando comparado ao montante negociado no mesmo período de 2011 (R$ 5,76 bilhões). Em termos de número de negócios, novamente se observa um crescimento, porém mais modesto, de 21,2% (2.865 contra 2.363).

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RB Capital e Gaia se destacam no mercado de CRI em 2012

Ao longo do ano de 2012 até o momento, duas securitizadoras imobiliárias vêm se destacando no ranking anual de emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI): a RB Capital* e a Gaia. A seguir, é desenvolvida análise do desempenho de emissão de CRI por parte das principais securitizadoras imobiliárias abrangendo o período dos oito primeiros meses de 2011 e 2012.

Durante o ano de 2012 a liderança de mercado por montante emitido de CRI vem se alternando a cada mês entre a RB Capital e a Gaia, que já realizaram 12 e 24 operações de CRI em 2012 respectivamente, o equivalente a 52,9% do número consolidado do ano do mercado de emissões de CRI. Em termos de montante, a RB Capital emitiu R$ 1,15 bilhão em CRI no ano até agora, enquanto a Gaia emitiu R$ 1,05 bilhão, de tal forma que a soma dos montantes das duas securitizadoras equivale a 53,8% do total emitido por todas as securitizadoras do mercado.

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Mercado secundário de CRI registra aumento em 2012

Como pode ser acompanhado na série mensal de artigos no Orbis relacionada ao mercado primário de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), o montante emitido de CRI em 2012 até o final de agosto está em um nível substancialmente abaixo daquele registrado no mesmo período em 2011. Em 2012, até o final do mês passado, foram emitidos R$ 4,09 bilhões, o equivalente a uma redução de 44,3% do montante emitido nos primeiros oito meses de 2011, que tinha sido de R$ 7,36 bilhões.

Na direção contrária está o mercado secundário desses títulos. Quando se soma o montante de negociações registrado na CETIP com o negociado na BM&FBOVESPA, até agosto deste ano, chega-se a cifra de R$ 9,98 bilhões, um aumento significativo de 109,1% em relação ao mesmo período do ano de 2011, quando este mesmo montante estava em R$ 4,77 bilhões. Quando se analisa o número de negócios também se observa um aumento de 27,3%. Em 2012 até agosto foram 2.818 negócios e no mesmo período de 2011 tinham sido 2.213 negócios.

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Disputa acirrada pelo primeiro lugar no ranking de emissões de CRI

No final do mês de agosto de 2012 a RB Capital* assumiu novamente a liderança do ranking de emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), pelo critério de montante emitido no ano até o momento, superando a Gaia.

A mudança no primeiro lugar se explica pelo montante emitido de CRI pelas duas securitizadoras no mês de agosto, no qual a RB Capital realizou três operações, uma a mais do que a Gaia. O montante de emissões de CRI da RB Capital em agosto foi de R$ 261,8 milhões, o que corresponde a 86,3% do valor total do mês, enquanto as operações da Gaia totalizaram apenas R$ 30,3 milhões (10,0%). Também emitiram CRI em agosto as securitizadoras BI e Beta, que realizaram suas primeiras emissões em 2012. Cada securitizadora fez apenas uma operação, nos valores de R$ 8,2 milhões e R$ 3,1 milhões respectivamente.

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Emissões de CRI caem pelo terceiro mês consecutivo

No mês de agosto de 2012 o montante consolidado de emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) atingiu apenas R$ 303,2 milhões. Essa é a terceira queda mensal consecutiva no valor consolidado emitido. Durante o mês de maio deste ano as emissões alcançaram R$ 1,42 bilhão e nos meses seguintes o valor vem sofrendo reduções conforme indicado na tabela abaixo:

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Ações de classificação de risco: melhora ou piora do mercado?

Analisando-se meramente pelo critério do número total de ações de rebaixamento versus ações de elevação, por parte de todas as agências de classificação de risco atuantes nos mercados de cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), a conclusão direta seria a de uma tendência de deterioração, em termos gerais, na qualidade de crédito destes títulos no período entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2012. O placar consolidado no ano no mercado de securitização é de dezesseis rebaixamentos contra dez elevações.

No entanto, uma leitura mais cuidadosa destas ações conduz a conclusões menos categóricas. A razão mais forte para tanto é a de que houve múltiplos rebaixamentos associados a cotas de FIDC de um mesmo cedente, no caso o Banco Cruzeiro do Sul (BCSul), e a CRI com lastro em créditos imobiliários com o mesmo risco corporativo, no caso o da Brookfield Incorporações (Brookfield).

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Gaia retoma a liderança do ranking de emissões de CRI

No final do mês de julho de 2012 a Gaia voltou a liderar o ranking de emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), superando o montante emitido da RB Capital no ano até o momento.

Até o final do mês passado a Gaia tinha realizado 22 operações, totalizando R$ 1,02 bilhão, 27,0% do montante total de CRI emitido em 2012. Em segundo lugar está a RB Capital que já emitiu R$ 886,3 milhões em CRI (23,4%), através de nove operações. Em seguida aparece a Brazilian Securities com o terceiro maior montante emitido de CRI, de R$ 551,4 milhões (14,5%), e sete operações realizadas. O que chamou atenção no ranking desse mês foi a Cibrasec, que se encontrava na sétima posição do ranking ao final de junho, tendo agora alcançado a quarta posição. Neste ano o montante emitido de CRI pela Cibrasec foi de R$ 311,4 milhões (8,2%) até agora e o número de operações está em oito.

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Emissões de CRI apresentam nova queda mensal em julho de 2012

Após as emissões consolidadas de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) terem registrado o maior montante mensal (R$ 1,42 bilhão) de 2012 no mês maio, os meses seguintes foram de queda neste indicador. Nos meses de junho e julho os montantes emitidos de CRI foram de R$ 982,3 milhões e R$ 408,2 milhões respectivamente, decrescendo, assim, 71,2% entre o valor de maio e o de julho.

Nos primeiros sete meses deste ano o montante total emitido de CRI foi de R$ 3,79 bilhões, 40,9% menor que o montante emitido no mesmo período de 2011, quando já tinham sido emitidos R$ 6,42 bilhões.

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Como se compara o movimento de ofertas públicas de CRI em 2012 com anos recentes

Tomando como base o período dos primeiros sete meses completos de 2012, de janeiro a julho, e restringindo a análise somente às ofertas públicas de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), ou seja, excluindo as ofertas deste título sob o regime de esforços restritos que se dão de acordo com a Instrução nº 476 da Comissão de Valores Mobiliários (ICVM 476), pode se comparar o desempenho deste mercado este ano, por este critério, com os dos anos de 2011 e 2010, os quais apresentaram forte crescimento. Vale ressaltar que o movimento de registro de ofertas públicas de CRI historicamente tem representado apenas uma parcela do mercado total de ofertas de CRI. Por exemplo, para o ano todo de 2011, de um total de R$ 13,58 bilhões em emissões de CRI, apenas R$ 3,69 bilhões, ou 27,2% do total, se referiram a ofertas públicas não realizadas sob o regime de esforços restritos (ICVM 476).

Um total de nove ofertas públicas de CRI já registradas neste ano até o final de julho representa uma queda de 80,4% em relação ao número do mesmo período do ano de 2011, que tinha sido de 46 ofertas públicas, e uma queda de 76,3% comparando com 2010, que até então tinha 38 ofertas públicas (houve um crescimento de 24,1% entre 2010 e 2011).

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