Oferta de cotas sênior de FIDC da Eletrosul recebe registro

A CVM concedeu ontem, 12 de janeiro, o registro definitivo de oferta pública de R$ 690,0 milhões referentes à 1ª série de cotas sênior do FIDC Transmissão Infinity DI. A oferta será coordenada pelo Banco BTG Pactual. O fundo é administrado pela Caixa Econômica Federal e tem por objeto a aquisição de recebíveis provenientes da concessão de linhas de transmissão e de subestações de exploração da empresa Eletrosul Centrais Elétricas, cedente da operação. Esta é a primeira oferta de cotas deste FIDC registrada na CVM. O fundo ainda não entrou em operação.

S&P rebaixa cotas sênior e mezanino do FIDC Multissetorial Valor

No dia 28/12/2016 a S&P rebaixou a classificação de risco das cotas sênior e mezanino do FIDC Multissetorial Valor. No caso das cotas sênior o rebaixamento incidiu sobre a 5ª e 6ª séries, fazendo com que suas notas migrassem de ‘AA-’ para ‘A-’, enquanto que no caso das cotas mezanino os alvos foram as 3ª e 4ª emissões, com as notas migrando de ‘A’ para ‘BB-’. A soma do montante referente às cotas sênior é equivalente a R$ 44,7 milhões, enquanto o montante referente à soma das cotas mezanino é igual a R$ 14,9 milhões. Com relação às cotas sênior, a agência explica o rebaixamento através da análise dos riscos operacionais, mais precisamente através da observação do perfil mais arriscado do que o esperado dos recebíveis da carteira adquiridos de múltiplos cedentes, e da redução da equipe da empresa, fator que limita sua capacidade operacional diante do risco apresentado pela carteira. A S&P menciona ainda, em relação aos recebíveis observados, “(i) cedidos por cedentes em recuperação judicial, os quais representavam 5,2% do Patrimônio Líquido (PL) do FIDC; (ii) com cedentes e sacados conectados por acionistas e/ou administradores em comum (8,2% do PL); (iii) um cheque no valor de cerca de R$ 3 milhões (4,1% do PL); e (iv) ativos representados por contratos de compra e venda de unidades imobiliárias ou acordos de acionistas de sociedade em conta de participação (contratos físicos) e que correspondiam a 7,0% do PL.” Há ainda uma fração pequena do PL aplicada em CCB.  Já com relação às cotas mezanino, o critério utilizado para rebaixar suas notas foi que a subordinação mínima disponível é de 17 %, não sendo suficiente para prover a proteção de crédito necessária para classificações de risco superiores a ‘BB-’. 

Liberum rebaixa cotas sênior do FIDC Marte Fornecedores

A Liberum rebaixou, no dia 28/12/2016, a classificação de risco da primeira série de cotas sênior do FIDC Marte Fornecedores, de ‘A’ para ‘BB’. Um dos fatores que foram levados em consideração pela agência é o grande crescimento de créditos vencidos na carteira, que passaram a representar 27,8% do total existente no fim de 2016. Como o fundo é caracterizado por ser do tipo mono sacado, voltado para financiamento de forma exclusiva dos fornecedores do Grupo Seta Atacadista, a inadimplência dos sacados sob controle do grupo gera elevado risco de perda da carteira. Segundo a agência, outro fato levado em conta na análise foi a concentração da carteira em cedentes de mesmo controlador, de tal maneira que, no final de 2016, segundo a agência, “44% da carteira se referia a 5 grupos de empresas controladas pelos mesmos sócios, o que piora significativamente o perfil de risco da carteira do fundo”. Esses dois componentes de análise, o aumento dos créditos vencidos e a concentração da carteira, acabaram por desfazer as projeções para o fundo, já que a expectativa era de que a concentração máxima do PL no maior cedente seria de 10% e de que o volume de vencidos seria nulo. Além disso, a agência de classificação de risco também ponderou o risco de crédito do Grupo Seta Atacadista, bem como o expressivo número de reclamações sobre seus controlados. 

Liberum atribui ‘CCC’ às cotas subordinadas do FIDC JC 4870 V NP

No dia 21/12/2016 a agência de classificação de risco Liberum atribuiu a nota ‘CCC’ às cotas subordinadas do FIDC JC 4870 V NP (apesar da denominação "subordinada”, não existe emissão de cotas sênior). O fundo se caracteriza por concentrar sua carteira em um único cedente e um único ativo. Tal ativo consiste em uma ação judicial, ainda em execução, contra a União Federal e interposta pela empresa Usina São Domingos através da alegação de fixação ilegal dos preços dos produtos sucroalcooleiros entre 1985 e 1989. O valor total correspondente às cotas analisadas é equivalente a R$ 500,0 mil.

Cotas do Libra II Multissetorial NP são elevadas pela Liberum

No dia 15/12/2016 as cotas subordinadas do Libra II Multissetorial NP foram elevadas pela agência de classificação de risco Liberum. Tal elevação ocorreu de maneira que a classificação dessas cotas migrou de ‘CCC’ para ‘B’. De acordo com relatório fornecido pela agência, a elevação se baseia nos critérios de elegibilidade dos direitos creditórios com potencial de securitização, na qualidade desses recebíveis, na existência de excedente de spread e na subordinação. Ainda foram levados em conta outros fatores como a capacidade técnica da consultora dos direitos creditórios, o histórico do FIDC, os riscos de liquidez e descasamento das taxas existentes na operação, e o perfil dos ativos ainda existentes. Segundo a Liberum, a perspectiva do risco de crédito das cotas subordinadas é considerada estável.

Liberum rebaixa cotas do Multissetorial Invest Dunas LP

No dia 12/12/2016 a agência de classificação de risco Liberum rebaixou notas concedidas às cotas sênior e mezanino do FIDC Multissetorial Invest Dunas LP. No caso das cotas sênior o rebaixamento se deu de forma que as notas foram de ‘A’ para ‘’BBB-’, enquanto que no caso das cotas mezanino o rebaixamento foi de ‘BB+’ para ‘BB-’. A decisão se fundamentou em fatores como o comportamento e perfil de risco dos direitos creditórios, assim como critérios de elegibilidade e nos reforços de crédito das cotas. O fundo tem enfrentado, de forma persistente, problemas relacionados ao aumento no volume de créditos vencidos até 30 dias. De acordo com a agência, existe ainda o problema referente ao fato de que a fundo corre riscos relacionados ao meio escolhido para liquidação de títulos atrasados, já que tais títulos são liquidados em grande maioria através de depósitos em conta. Tal maneira de liquidação foge do que é tradicionalmente praticado no mercado, liquidação mediante boletos emitidos em favor da conta do fundo. A agência atenta para o risco de que a piora desses indicadores resulte em migração em grande escala de créditos vencidos para períodos superiores de atraso, o que acarretaria dificuldades no provisionamento do fundo, no resultado das cotas subordinadas e no reforço de crédito das cotas avaliadas. Por fim, o relatório menciona o baixo provisionamento da carteira do fundo para créditos vencidos a mais de 30 dias comparado ao que é praticado no mercado.

FIDC relacionado ao financiamento de veículos tem cotas mezanino elevadas

Em revisão realizada no dia 09/12/2016, a Fitch elevou a classificação de risco das cotas mezanino do FIDC Driver Brasil Three Banco Volkswagen, que migraram de ‘A+’ para ‘AA+’ e montante inicial emitido de R$ 15,3 milhões. Em relatório, a Fitch explica que “ A operação trata-se da securitização de uma carteira estática de crédito direto ao consumidor (CDC) para financiamento de veículos cedidos pelo Banco Volkswagen S.A (BVW)” . A elevação é decorrente do aumento do reforço de crédito disponível e da estimação de perda-base, que foi revisada para baixo. De acordo com a agência, em outubro de 2016 existia uma sobrecolateralização inicial destinada aos investidores de cotas mezanino equivalente a 12,5%, enquanto que o reforço de crédito buscado, sem levar em conta reserva de caixa, é de 6,6%. Após análise sobre dados históricos de inadimplência, a Fitch decidiu alterar sua expectativa de perda bruta da carteira, que era de 2,5%, e revisando-a para 1,5%. A perda acumulada da carteira em outubro de 2016 estava na faixa de 0,19%, abaixo do que havia sido inicialmente calculado para o período.

Fitch atribui classificação à distribuição de cotas do FIDC Sanasa

A primeira distribuição da primeira série de cotas sênior do FIDC Sanasa recebeu, no dia 08/12/2016, classificação de risco ‘A’, em montante de R$ 105,0 milhões. A cedente da operação é a Sanasa, empresa de prestação de serviços públicos de saneamento básico, coleta e tratamento de esgoto.  A taxa de remuneração buscada equivale ao IPCA com acréscimo de 11,0% de spread. A estrutura do fundo conta com a existência de cotas subordinadas, em montante correspondente a 4,8%, no mínimo, do patrimônio líquido da operação, e que somente receberão amortizações depois do resgate das cotas sênior. Segundo a agência, pode ocorrer nova distribuição de cotas sênior até o dia 17/02/2017, em montante de até R$ 170,0 milhões.

FIDC ligado às empresas CNH Industrial, Iveco e Fiat tem cotas classificadas

Em 06/12/2016 a S&P atribuiu a classificação de risco preliminar ‘A’ à 2ª série de cotas sênior do SC Piemonte, em montante máximo de R$ 100,0 milhões. O lastro do fundo consiste em direitos creditórios performados com representação em duplicatas provenientes de operações entre as empresas CNH Industrial, Iveco e Fiat, na posição de sacadas, e os fornecedores das mesmas, cedentes dos direitos creditórios. No contexto do fundo, os investidores contam com proteção de crédito representada pela subordinação de cotas, que exige a existência de um mínimo de 2,9% do PL em cotas subordinadas, e pelo spread excessivo advindo da taxa de desconto aplicada na compra dos direitos creditórios. Com relação à meta de rentabilidade dessa série, ficou estabelecido que essa será de 120% da Taxa DI.

FIDC Lego II tem cotas rebaixadas pela Liberum

A Liberum rebaixou, no dia 06/12/2016, a classificação de risco das cotas mezanino III do FIDC Multissetorial Lego II, de ‘CCC’ para ‘C’. Tal ação, segundo a agência, se baseou na baixa qualidade de crédito da carteira e no histórico de estresse do FIDC. Acordos firmados anteriormente entre as partes do fundo também foram objeto de análise pela agência. A agência destaca um destes acordos, firmado no fim do ano de 2015 entre um antigo consultor do fundo e os cotistas, que estabelecia a liquidação das cotas por meio de recompra dos direitos creditórios em 12 parcelas. Depois de duas parcelas pagas o acordo não foi mais cumprido, de forma que não houve pagamento das parcelas dos meses seguintes mesmo após vencimento das mesmas. Ainda segundo a agência, garantias estão sendo acionadas pelo fundo.

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