Austin rebaixa cotas subordinadas do Multissetorial Valor

A Austin decidiu, no dia 21/11/2016, rebaixar as cotas subordinadas do FIDC Multissetorial Valor, fazendo com que as cotas que antes eram contempladas com ‘B’ passem agora a ser classificadas com ‘B-’. A agência considerou o rebaixamento principalmente por conta do histórico de não enquadramento do FIDC ao critério de manutenção mínima do patrimônio líquido das cotas subordinadas na faixa de 17% do patrimônio líquido total do fundo. Segundo o relatório, no período de um ano a média ficou em 14,4% e apenas uma vez o nível exigido foi respeitado. Outro fator importante para ação tomada pela Austin foi o fato de que a inadimplência total cresceu de forma muito significante, passando de 7,6% do patrimônio líquido em abril desse ano para 26,1% em setembro, o que acabou por contribuir com o aumento também relevante nos atrasos acima de 180 dias como proporção do patrimônio líquido. Como o fundo possui, em sua grande maioria, cotas sênior e mezanino com rentabilidades buscadas de 130% e 160% da variação do CDI, respectivamente, a alavancagem tem potencial de ser prejudicial ao retorno das cotas subordinadas.

Processo na CVM rende multa de R$ 600 mil à KPMG

A KPMG foi multada em R$ 600,0 mil no âmbito do Processo Administrativo Sancionador CVM RJ2014/11830. O Colegiado da CVM, que deliberou pela aplicação da pena, considerou o status de reincidente do acusado, bem como o seu histórico em processos sancionadores ainda não transitados em julgado. O referido processo foi instaurado para apurar possíveis irregularidades nos procedimentos de auditoria independente das demonstrações financeiras dos FIDC Oboé Multicred e Clássico, especificamente a infração ao disposto nos arts. 20, 25, inciso II e 35, inciso I, da ICVM 308, e no art. 8º, §4º, da ICVM 356. A área técnica da CVM havia apurado que não teriam sido realizados procedimentos para a obtenção do entendimento do controle interno das entidades auditadas e a emissão de Relatório Circunstanciado sobre esse ambiente de controle interno. Também não teriam sido testadas a materialidade, a existência e a valorização dos direitos creditórios em carteira nos FIDC e as provisões efetuadas para operações de créditos de liquidação duvidosa. Especificamente para o FIDC Clássico, o auditor não teria examinado os relatórios trimestrais de 2010 emitidos pelo fundo. A KPMG foi multada em relação à sua atuação no FIDC Oboé Multicred, mas não foi acusada quanto aos atos realizados pela BDO Auditores Independentes, que prestava serviços ao FIDC Clássico e foi extinta em virtude de sua incorporação pela KPMG. Adicionalmente, os Srs. Ricardo Anhesini Souza e José Luiz de Souza Gurgel, sócios e responsáveis técnicos da KPMG e BDO, respectivamente, também foram multados em R$ 150,0 mil e R$ 175,0 mil.

Cotas sênior do FIDC Global Tr classificadas com ‘Aaa’

A agência Moody’s atribuiu, no dia 25/11/2016, a classificação de risco ‘Aaa’ às cotas sênior do FIDC Global Tr. A operação de securitização tem como lastro direitos creditórios oriundos de faturas de eletricidade para pessoas físicas e empresas originadas pela empresa Ampla Energia e Serviços. De acordo com a agência, “As cotas acumulam, diariamente, juros variáveis equivalentes à taxa DI somados a um custo variável de recursos, uma taxa fixa de 1,10% a.a. e uma taxa de disponibilidade calculada mensalmente pelo CA Brasi (Crédit Agricole Indosuez Wealth)”. O montante classificado na operação foi de R$ 400,0 milhões, patrimônio total do fundo. 

Cotas sênior e mezanino do FIDC Multissetorial Vale são rebaixadas

No dia 24/11/2016 a agência de classificação de risco S&P rebaixou as notas das 4ª e 5ª séries de cotas sênior e a nota da 2ª emissão de cotas mezanino do FIDC Multissetorial Vale. Com relação às cotas sênior, a classificação passou de ‘BB’ para ‘B’, enquanto que as cotas mezanino caíram de ‘BB-’ para ‘B-‘. Na decisão pelo rebaixamento a agência aponta, entre outras coisas, o elevado número de cheques e duplicatas de valor considerado alto e provenientes de pessoas físicas e um crédito de volume incompatível com a capacidade de pagamento do devedor. A S&P acredita que a parte da carteira alocada nesses direitos creditórios não será recuperada, fazendo com que 30,3% do PL do fundo seja prejudicado. Tais adversidades quando somadas ao cálculo da perda de cenário base estimadas para a carteira fazem com que a subordinação mínima existente para as duas classes de cotas não seja suficiente. A agência menciona no relatório que os investidores decidirão em assembleia se aumentam a subordinação das duas classes de cotas para 48,5%. A premissa de perda para a carteira do FIDC foi elevada pela S&P, passando a ser de 8,7%. Tal elevação é derivada do “histórico recente da média móvel de três meses de atrasos superiores a 60 dias e de recompras de recebíveis pelos cedentes, cujo pico atingiu 7,3% em julho de 2016, ajustado por um componente de 20,0% de modo a refletir nossa perspectiva setorial para os ativos subjacentes”.

Liberum classifica cotas do Urbe Multissetorial LP

A agência de classificação de risco Liberum atribuiu, no dia 24/11/2016, a nota ‘B’ às cotas subordinadas do FIDC Urbe Multissetorial LP. Os direitos creditórios adquiridos pelo fundo são normalmente provenientes dos ramos comercial, financeiro, de arrendamento mercantil, prestação de serviços e industrial.

FIDC de financiamento de veículos tem cotas classificadas pela Liberum

Em 17/11/2016 a Liberum atribuiu classificações de risco às cotas sênior e mezanino do FIDC Empirica Bankfacil Auto. As cotas de classe sênior receberam a nota ‘A-’, enquanto as cotas de classe mezanino foram contempladas com a nota ‘BBB-’. A operação é lastreada por CCB provenientes de financiamentos de automóvel leve e empréstimos pessoais que contem com alienação fiduciária de automóveis leves. Segundo a agência, “o prazo máximo das CCB será de até 60 meses sendo que o veículo alienado em favor da CCB terá idade máxima de até 10 anos. Nota-se ainda que as operações serão realizadas no Estado de São Paulo e o ticket médio deverá ser próximo de R$ 15 mil”. O fundo destina 30% e 20% de seu PL para subordinação das cotas sênior e mezanino, respectivamente.

Cotas do BRZ Agronegócio elevadas pela Fitch

A Fitch elevou, no dia 16/11/2016, a classificação de risco das cotas do FIDC BRZ Agronegócio, de ‘BBB+’ para ‘A-'. O BRZ Agronegócio é constituído em condomínio fechado e no último mês de setembro seu patrimônio líquido alcançava aproximadamente R$ 34,4 milhões. Os fundamentos levados em conta na análise da classificação de risco foram basicamente a qualidade de créditos dos ativos e o número de créditos. Constatou-se que em 19/09/2016 a carteira do fundo possuía apenas um CRA, de classificação ‘A-’, proveniente da 3ª série da primeira emissão da Gaia. Com isso, a classificação passou a refletir apenas o risco apresentado por esse CRA.

BB Votorantim Highland Infraestrutura tem cotas sênior e mezanino rebaixadas

No dia 14/11/2016 a Fitch rebaixou a classificação de risco da primeira série de cotas sênior e das cotas mezanino I do FIDC BB Votorantim Highland Infraestrutura. As cotas sênior, com montante inicial de R$ 268,4 milhões, passam agora a ter uma classificação ‘BBB-’, ante uma classificação anterior ‘A’, enquanto a classificação das cotas mezanino, com montante inicial de R$ 31,6 milhões, se moveu de ‘BBB-’ para ‘BB-’. O fundo consiste em uma securitização de créditos resultantes de financiamento de determinados projetos de infraestrutura e o rebaixamento das classificações de risco mencionadas reflete, de acordo com a agência, a capacidade atual de pagamento do principal investido, corrigido pelo IPCA, e da remuneração de 5,5% e 8,0% para as cotas sênior e mezanino, respectivamente, até a data de vencimento dos títulos, que acontece no final de 2017. A Fitch alega que a decisão pela nova classificação foi originada na análise de um forte enfraquecimento da carteira de ativos do fundo, que fez com que apenas 59% dos créditos em carteira apresentassem classificação ‘A’ ou superior. Além de rebaixar as cotas mencionadas, a agência colocou as notas em observação negativa, pois considera que parte importante da carteira pode se deteriorar no curto prazo.

Cotas de FIDC relacionado à empresa atacadista recebem classificação

No dia 11/11/2016, a Liberum atribuiu a classificação de risco ‘A’ para a primeira série de cotas sênior do FIDC Marte Fornecedores. Os direitos creditórios que serão cedidos ao fundo são devidos pela empresa Seta Atacadista, que é uma atacadista/distribuidora com foco nas classes C, D, e E. Já os cedentes destes direitos creditórios são os fornecedores da Seta Atacadista. Vale mencionar que a agência considera como negativo a existência de concentração dos recebíveis em um único devedor, característica comum dos FIDC voltados para fornecedores, ocasionando possíveis riscos de inadimplência e enfraquecimento de reforço de crédito. O prazo das cotas classificadas será de 60 meses, com período de carência de 54 meses e amortização feita através de seis parcelas nos seis meses finais.

Fitch alega vulnerabilidade de FIDC ligados ao Banco BVA

Os FIDC Multisetorial Master, Multisetorial Master II e Multisetorial Master III obtiveram, no dia 11/11/2016, um rebaixamento que fez a classificação de risco de suas cotas senior passar de ‘CC’ para ‘D’. Os fundos mencionados se caracterizam por ter como lastro empréstimos concedidos pelo Banco BVA a empresas de pequeno e médio porte. De acordo com relatório da agência que realizou a classificação, a Fitch, tal rebaixamento se deve à “prorrogação dos vencimentos legais do FIDC, porque, em nossa visão, os FIDC’s não cumpririam os pagamentos caso os vencimentos legais das cotas seniores não fossem prorrogados”. Com isso, a agência considera a decisão pela prorrogação como sendo um caso de aditamento sob condições negativas para os investidores dos três fundos. No entanto, logo em seguida a Fitch resolveu promover a elevação da classificação das cotas para a nota anterior, ‘CC’, fazendo refletir a crença da agência sobre o repagamento do valor investido e sobre a remuneração buscada até nova data de vencimento. Mesmo assim, o relatório atenta para a situação de vulnerabilidade dos FIDC a um possível calote, dado que os fluxos de caixa projetados para os ativos não são suficientes para pagar de maneira efetiva a remuneração estabelecida e os montantes captados.

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