Cotas de FIDC da Eletrosul recebem classificação
No dia 08 de novembro de 2016, a Fitch Ratings atribuiu a classificação de risco ‘AAA’ para as cotas sênior dos FIDC Transmissão Infinity Infra e Transmissão Infinity DI. No caso do Infinity Infra a atribuição abarca a 1ª e 2ª séries de cotas sênior, enquanto no Infinity DI a nota se refere à 1ª série de cotas sênior. Segundo a agência, as operações envolvem recebíveis provenientes da concessão de linhas de transmissão e de subestações de exploração da empresa Eletrosul Centrais Elétricas, cedente da operação. Ambos os fundos emitirão cotas sênior em vasos comunicantes, em montante total de até R$ 600 milhões, sendo o máximo de R$ 300 milhões para cada FIDC. A proposta da 1ª série de cotas sênior do Infinity Infra contará com spread de até 8,1%, ou o que corresponder à Índice Tesouro IPCA, que vence em 2021, mais um spread de 1,85% ao ano, enquanto que a proposta da 2ª série de cotas sênior contará com spread de até 8,75% ao ano, ou o que corresponder à taxa do Tesouro IPCA, que vence em 2023, mais spread de 2,20% ao ano. Ambas as séries desse fundo serão corrigidas mensalmente pelo IPCA. Com relação à proposta de emissão do Infinity DI, as cotas serão remuneradas pelo CDI mais uma taxa de 3,5% ao ano. A Fitch acredita que o risco de continuidade da Eletrosul pode ser considerado baixo, bem como o endividamento da empresa, e que o percentual de arrecadação que será utilizado pela mesma para pagamento de dívida com os FIDC, cerca de 8%, são pequenos e não proporcionam nenhum grande problema. O DSCR mínimo estimado é de 2,9 vezes para as cotas do Infinity Infra e 3,5 vezes para as cotas do Infinity DI, enquanto que o regulamento dos fundos exige DSCR mínimo de 1,5 vezes. Há descasamentos nas operações dos dois fundos, já que no Infinity DI as cotas têm rentabilidade atrelada ao DI e o volume dos recebíveis é corrigido pelo IPCA, e no Infinity Infra as cotas são corrigidas mensalmente e os recebíveis anualmente. Por fim, informa a Fitch que o risco de contraparte fica por conta da Caixa e do Banco do Brasil, já que os fundos possuem contas nesses bancos, mas tal risco se mostra incapaz de limitar as classificações atribuídas.