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Pessoas físicas adquirem mais de dois terços dos CRA

O ano de 2016 tem se mostrado como mais um ano de forte crescimento do mercado primário de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Até o encerramento de novembro último, haviam sido realizadas mais de 20 operações neste mercado, totalizando quase R$ 9,00 bilhões emitidos, equivalente a um crescimento de quase 100,0% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, a presença do investidor Pessoa física no mercado primário de CRA tem sido novamente preponderante em 2016, tal qual ocorreu em 2015.

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Liberum rebaixa cotas do Multissetorial Invest Dunas LP

No dia 12/12/2016 a agência de classificação de risco Liberum rebaixou notas concedidas às cotas sênior e mezanino do FIDC Multissetorial Invest Dunas LP. No caso das cotas sênior o rebaixamento se deu de forma que as notas foram de ‘A’ para ‘’BBB-’, enquanto que no caso das cotas mezanino o rebaixamento foi de ‘BB+’ para ‘BB-’. A decisão se fundamentou em fatores como o comportamento e perfil de risco dos direitos creditórios, assim como critérios de elegibilidade e nos reforços de crédito das cotas. O fundo tem enfrentado, de forma persistente, problemas relacionados ao aumento no volume de créditos vencidos até 30 dias. De acordo com a agência, existe ainda o problema referente ao fato de que a fundo corre riscos relacionados ao meio escolhido para liquidação de títulos atrasados, já que tais títulos são liquidados em grande maioria através de depósitos em conta. Tal maneira de liquidação foge do que é tradicionalmente praticado no mercado, liquidação mediante boletos emitidos em favor da conta do fundo. A agência atenta para o risco de que a piora desses indicadores resulte em migração em grande escala de créditos vencidos para períodos superiores de atraso, o que acarretaria dificuldades no provisionamento do fundo, no resultado das cotas subordinadas e no reforço de crédito das cotas avaliadas. Por fim, o relatório menciona o baixo provisionamento da carteira do fundo para créditos vencidos a mais de 30 dias comparado ao que é praticado no mercado.

Nova oferta da Octante recebe registro

No último dia 14 de dezembro a CVM concedeu registro de oferta pública à 1ª série da 13ª emissão de CRA da Octante Securitizadora, no montante de R$ 258,0 milhões. A oferta terá a coordenação do Banco Santander. O objetivo da operação é financiar produtores rurais e distribuidores de insumos para compra de defensivos e outros insumos de produção fornecidos pela empresa Bayer Brasil. O lastro da emissão são CPR Financeiras, emitidas por produtores rurais, e CDCA, lastreados por notas promissórias, emitidos por distribuidores.

Primeira operação de CRA da Vert Securitizadora recebe registro de oferta

Foi registrada na CVM a ofertas pública de distribuição das 1ª e 2ª séries da 1ª emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio da Vert Securitizadora, no montante total de R$ 1,26 bilhão. A oferta será coordenada pelo Bradesco BBI. Os títulos terão como lastro compromissos de pagamento firmados em contratos de fornecimento de produtos envolvendo a BRF, a BRF Global GmbH, a SHB e a BRF Foods GmbH. Esta é a primeira emissão de CRA a ser realizada por esta securitizadora.

Oferta do FII Riviera Rio Quente Resorts recebe registro

A CVM concedeu ontem, 14 de dezembro, o registro definitivo de oferta pública de R$ 230,5 milhões referentes às cotas do FII Riviera Rio Quente Resorts. A oferta será coordenada pela Socopa. O fundo é administrado pela Socopa e tem por objeto a aquisição e exploração comercial de 400 unidades hoteleiras do novo Edifício Hotel Convenções a ser construído dentro do complexo turístico Rio Quente Resorts. Esta é a primeira oferta de cotas deste FII registrada na CVM. O fundo ainda não entrou em operação.

FIDC relacionado ao financiamento de veículos tem cotas mezanino elevadas

Em revisão realizada no dia 09/12/2016, a Fitch elevou a classificação de risco das cotas mezanino do FIDC Driver Brasil Three Banco Volkswagen, que migraram de ‘A+’ para ‘AA+’ e montante inicial emitido de R$ 15,3 milhões. Em relatório, a Fitch explica que “ A operação trata-se da securitização de uma carteira estática de crédito direto ao consumidor (CDC) para financiamento de veículos cedidos pelo Banco Volkswagen S.A (BVW)” . A elevação é decorrente do aumento do reforço de crédito disponível e da estimação de perda-base, que foi revisada para baixo. De acordo com a agência, em outubro de 2016 existia uma sobrecolateralização inicial destinada aos investidores de cotas mezanino equivalente a 12,5%, enquanto que o reforço de crédito buscado, sem levar em conta reserva de caixa, é de 6,6%. Após análise sobre dados históricos de inadimplência, a Fitch decidiu alterar sua expectativa de perda bruta da carteira, que era de 2,5%, e revisando-a para 1,5%. A perda acumulada da carteira em outubro de 2016 estava na faixa de 0,19%, abaixo do que havia sido inicialmente calculado para o período.

Incorporadoras e loteadoras estão entre os principais cedentes de CRI

A análise de cada um dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) emitidos ao longo de onze meses de 2016 revela que 63 diferentes empresas atuaram como cedentes destas operações. Na comparação com o mesmo período de 2015, o número de cedentes mostra ter se reduzido significativamente. Entre janeiro e novembro de 2015, 81 diferentes empresas atuaram como cedentes de operações de CRI. Além disso, houve redução na amplitude da composição do perfil de atividade econômica destes cedentes.

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Fitch atribui classificação à distribuição de cotas do FIDC Sanasa

A primeira distribuição da primeira série de cotas sênior do FIDC Sanasa recebeu, no dia 08/12/2016, classificação de risco ‘A’, em montante de R$ 105,0 milhões. A cedente da operação é a Sanasa, empresa de prestação de serviços públicos de saneamento básico, coleta e tratamento de esgoto.  A taxa de remuneração buscada equivale ao IPCA com acréscimo de 11,0% de spread. A estrutura do fundo conta com a existência de cotas subordinadas, em montante correspondente a 4,8%, no mínimo, do patrimônio líquido da operação, e que somente receberão amortizações depois do resgate das cotas sênior. Segundo a agência, pode ocorrer nova distribuição de cotas sênior até o dia 17/02/2017, em montante de até R$ 170,0 milhões.

ISEC compra SCCI e pode mirar consolidação do mercado

A ISEC Securitizadora comunicou que, em 12 de dezembro, adquiriu 100% das ações da SCCI. O comunicado se deu por Fato Relevante, em que a ISEC informa ter celebrado contrato de compra e venda e outras avenças com a Certificadora de Créditos Imobiliários e Participações Ltda. e com os Srs. Maurício da Costa Ribeiro e Rodrigo Boccanera Gomes, para compra da totalidade das ações ordinárias nominativas da SCCI. Segundo o documento, pela aquisição das ações foi pago o preço total de R$ 1,00, mediante operação privada, conforme o contrato citado, do qual também consta que as atividades relacionadas à administração dos recebíveis, lastro das emissões, assim como o controle das garantias, continuará a ser realizado pela Certificadora, a título de prestação de serviços. É informado que a ISEC não firmou acordos ou contratos que regulem o direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da SCCI, e que não há intenção de promover o cancelamento do registro de companhia aberta da mesma junto à CVM.  O documento reitera que as ações da SCCI são, portanto, cedidas e transferidas à ISEC, e o estatuto social da adquirida será modificado para refletir as alterações decorrentes da compra e venda de ações, bem como a substituição do Diretor de Relações com os Investidores. A aquisição da SCCI pela ISEC é mais um passo no que se supõe um movimento de consolidação inicial do mercado de securitizadoras imobiliárias, tendo em vista que em 20 de setembro de 2016 a ISEC já havia informado o mercado sobre a compra de 100% da Novasec. Em paralelo, a RB Capital Companhia de Securitização divulgou, em 17 de novembro de 2016, que seu controle havia sido comprado pela ORIX, companhia de serviços financeiros originária do Japão.

FIDC ligado às empresas CNH Industrial, Iveco e Fiat tem cotas classificadas

Em 06/12/2016 a S&P atribuiu a classificação de risco preliminar ‘A’ à 2ª série de cotas sênior do SC Piemonte, em montante máximo de R$ 100,0 milhões. O lastro do fundo consiste em direitos creditórios performados com representação em duplicatas provenientes de operações entre as empresas CNH Industrial, Iveco e Fiat, na posição de sacadas, e os fornecedores das mesmas, cedentes dos direitos creditórios. No contexto do fundo, os investidores contam com proteção de crédito representada pela subordinação de cotas, que exige a existência de um mínimo de 2,9% do PL em cotas subordinadas, e pelo spread excessivo advindo da taxa de desconto aplicada na compra dos direitos creditórios. Com relação à meta de rentabilidade dessa série, ficou estabelecido que essa será de 120% da Taxa DI.

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