CVM emite Ofício sobre conflitos de interesse envolvendo auditoria

A CVM divulgou o Ofício-Circular CVM/SNC/SIN/nº02/2013 orientando os auditores independentes que estejam executando, ao mesmo tempo, a verificação do lastro dos direitos creditórios e a auditoria das demonstrações financeiras do mesmo FIDC ou FIDC-NP, seja diretamente ou através de firmas de sua rede, que optem por apenas um desses serviços. A CVM identifica a existência de ameaça à independência em trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras desse segmento, uma vez que os resultados da verificação de lastro são parte integrante do relatório trimestral, que por sua vez é objeto de análise do auditor independente para avaliação de riscos, por exemplo. Dessa forma, quando o auditor presta simultaneamente os dois serviços, fica configurada ameaça de autorrevisão, observada a Norma Brasileira de Contabilidade. O prazo para que os auditores optem por um dos serviços vai até 1º de fevereiro de 2014, ou imediatamente, caso o FIDC objeto de ambos os serviços venha a realizar oferta pública de cotas registrada ou dispensada de registro na CVM. A autarquia cita a ICVM 308 para comunicar que os administradores de FIDC serão responsabilizados no caso de contratação de auditores que não atendam aos critérios de independência referidos no Ofício, e que, caso seja constatada a falta de independência dos mesmos, o trabalho de auditoria será considerado sem efeito para o atendimento da lei e das normas da CVM, sem prejuízo das sanções legais cabíveis eventualmente aplicadas aos administradores.

Negócios Cetip/BM&FBOVESPA (FIDC) – 03-07/Jun/13

Na semana passada foram registrados 25 negócios com cotas de FIDC na Cetip que totalizaram R$ 8,7 milhões. A cota sênior 3 do FIDC Polo Crédito Consignado I apresentou o maior montante negociado (R$ 5,2 milhões).  Este fundo tem como administrador a Concórdia S/A Corretora de Valores Mobiliários e investe em recebíveis oriundos de operações de crédito pessoal firmadas entre a Sabemi Seguradora (cedente) e seus segurados (devedores). A cota sênior 1 do FIDC BMG Créditos Consignados IX apresentou o maior número de negócios (4). Administrado pela Intrag DTVM, este fundo investe em operações de crédito pessoal consignado originadas pelo Banco BMG. Além das cotas dos fundos acima, negócios com cotas de outros sete FIDC foram registrados na Cetip. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.

Cotas subordinadas do FIDC Crédito Corporativo Brasil são rebaixadas

A S&P reafirmou a classificação de risco ‘brAA (sf)’ atribuída às cotas sênior do FIDC Crédito Corporativo Brasil. Ao mesmo tempo, a agência rebaixou de ‘brBB (sf) NRi’ para ‘brCCC (sf) NRi’  a classificação atribuída às cotas subordinadas. Após a deterioração da avaliação de risco de um dos devedores da operação, a agência revisou as estimativas de inadimplência e atualizou os modelos de fluxo de caixa, com base na carteira de créditos atual do FIDC e na possível realocação da carteiras entre novos ativos de crédito. De acordo com esta reavaliação, dada a proteção de crédito proporcionada pela subordinação de cotas, no nível de 20,5%, e o excesso de spread de 1,5% ao ano, as cotas sênior suportaram um nível de inadimplência condizente com a categoria ‘brAA (sf)’. Por outro lado, a nova classificação de risco atribuída às cotas subordinadas indica que estes títulos são vulneráveis ao default. O FIDC pode realizar compras rotativas de direitos creditórios elegíveis, também podendo manter aplicações em outros instrumentos de renda fixa, desde que estes possuam riscos de crédito e de liquidez adequados ao perfil de risco do fundo. A cota sênior tem rentabilidade-alvo estimada equivalente à taxa DI, acrescida de 1,5% ao ano.

Cota mezanino do FIDC Libra Multissetorial recebe BB

A Liberum atribuiu a classificação de risco 'BB(fe)' para as cotas mezanino classe B do FIDC Libra Multissetorial, ou seja, o risco de crédito é considerado como elevado. A agência aponta, dentre outros, os seguintes itens como fundamentos para a nota atribuída: os critérios de elegibilidade dos ativos potencialmente securitizáveis; a subordinação; a qualificação da empresa responsável pela análise e seleção dos direitos creditórios adquiridos pelo fundo; o risco de liquidez; o risco de descasamento de taxas; e o histórico de desempenho do fundo. No comunicado a agencia não apresenta considerações quantitativas ou qualitativas sobre estes fatores, nem informa quais destes foram determinantes para a atribuição dada.

Cotas do Lavoro II têm classificação final atribuída

A S&P atribuiu as classificações de risco finais ‘brAAA (sf)’, à 1ª série de cotas sênior, e 'brA (sf)', à 1ª série de cotas subordinadas mezanino do FIDC Lavoro II, em montante total de R$ 50,4 milhões. A carteira de direitos creditórios do fundo é composta por recebíveis comerciais, representados por recebíveis performados originados por diferentes cedentes nos segmentos comercial, industrial e de prestação de serviços. A cota sênior classificada possui rentabilidade-alvo equivalente à 119,0% da taxa DI, enquanto que a cota subordinada mezanino possui rentabilidade-alvo equivalente à 175,0% da taxa DI. Segundo a agência, o reforço de qualidade de crédito é proporcionado pela subordinação de cotas, ao mínimo de 25,0% para as cotas sênior e 15,0% para as cotas subordinadas mezanino. Além disso, o fundo também pode se beneficiar de um spread excedente, quando houver, proporcionado pela taxa de desconto aplicada, que deve ser maior ou igual à 250,0% da taxa DI.

Negócios Cetip/BM&FBOVESPA (FIDC) – Maio/13

No último mês foram registrados 398 negócios com cotas de FIDC na Cetip que totalizaram R$ 151,7 milhões. A cota sênior 3 do FIDC Polo Crédito Consignado I apresentou o maior montante negociado (R$ 28,3 milhões). Este fundo tem como administrador Concórdia S/A Corretora de Valores Mobiliários e investe em recebíveis oriundos de operações de crédito pessoal firmadas entre a Sabemi Seguradora (cedente) e seus segurados (devedores). A cota sênior 6 do FIDC Red Multisetorial LP apresentou o maior número de negócios (66). O fundo tem como administrador o Banco PETRA e tem por objetivo adquirir recebíveis comerciais oriundos de operações realizadas por empresas brasileiras. Esses ativos são previamente analisados e selecionados pela Redfactor Factoring (consultora). Além das cotas dos fundos acima, negócios com cotas de outros 38 FIDC foram registrados na Cetip. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.

Negócios Cetip/BM&FBOVESPA (FIDC) – 27-31/Mai/13

Na semana passada foram registrados 63 negócios com cotas de FIDC na Cetip que totalizaram R$ 14,8 milhões. A cota sênior 1 do FIDC Saneago apresentou o maior montante negociado (R$ 2,19 milhões). O fundo tem como administrador a BEM DTVM e investe em recebíveis oriundos dos serviços de saneamento básico prestados pela Saneago (cedente) às empresas e moradores (devedores) do estado de Goiás. As cotas sênior 3 e sênior 4 do FIDC Multisetorial Silverado Maximum, em conjunto, apresentaram o maior número de negócios (10). Este fundo tem como administrador o BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM e investe em recebíveis comerciais que são selecionados pela Silverado Serviços de Informações Cadastrais (consultora). Além das cotas dos fundos acima, negócios com cotas de outros 14 FIDC foram registrados na Cetip. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.

Omni Veículos VIII tem cotas classificadas

A Fitch atribuiu hoje as classificações de risco ‘AAsf(bra)’ para a 1ª série de cotas sênior  e ‘Asf(bra)’ para a 1ª série de cotas subordinadas mezanino do FIDC Omni Veículos VIII, em montantes de R$ 97,2 milhões e R$ 20,9 milhões, respectivamente. O fundo investe em ativos relacionados ao financiamento de veículos usados com idade média superior a 15 ano. Os créditos foram originados pela Omni S.A. Crédito, Financiamento e Investimento e têm como devedores consumidores das classes C e D. Segundo a agência, encerrada a distribuição das cotas sênior e subordinada mezanino em 2 de maio, o reforço de crédito disponível aos cotistas sênior e subordinados mezanino era de 28,9% e 13,5%, respectivamente, ambos superiores aos valores mínimos desse índice para cada uma das classes de cotas.

Cota sênior do FIDC Daniele LP é colocada em alerta negativo

A S&P publicou hoje relatório de monitoramento do FIDC Daniele LP indicando que  a classificação de risco preliminar “brAAA(sf)”, atribuída a 2ª série de cota sênior do fundo, está com alerta (CreditWatch) negativo. Em dezembro de 2012 a média móvel do índice de perda atingiu pico histórico de 7,3%, o que levou a agência a alterar a premissa do índice de perda, de 3,8% para 7,5%. Com a aplicação de fatores de estresse, as reservas para perdas de crédito foram estimadas em 41,3% para as cotas sênior, valor que deveria ser equivalente ao reforço de crédito disponível. Com isso, a agência esclarece que a subordinação mínima disponível aos cotistas sênior, equivalente a 40,0%, não fornece proteção suficiente em um cenário de estresse compatível com a classificação “brAAA(sf)”. O aumento histórico da inadimplência não esteve restrito a este caso isolado, mas é uma condição com a qual a indústria vem lidando desde meados de 2012, como mostra o artigo Inadimplência aumenta nas carteiras de FIDC em Abril.

FIDC Itália recebe novo repasse do BVA

A BRL Trust DTVM informou por meio de Fato Relevante que o FIDC Multisetorial Itália, do qual é administradora, recebeu novos repasses de valores até então retidos pelo Banco BVA, no montante de R$ 2,7 milhões. O documento acrescenta que, segundo o interventor nomeado pelo Banco Central no Banco BVA, o valor repassado corresponde a determinados pagamentos realizados no Banco BVA durante os meses de abril e maio de 2013 por devedores de ativos cedidos ao fundo. A administradora afirma que a transferência de tais recursos ao fundo é resultado direto dos seus reiterados e diligentes esforços, os quais geram um impacto positivo imediato no patrimônio de todos os cotistas, ensejando ajustes na precificação das cotas do fundo e possibilitando a realização de amortizações, dentre outros pontos. Esta é a segunda vez que o fundo recebe repasses de valores retidos, em 16 de maio foi informado o repasse de R$ 19,2 milhões. Uma série de artigos já foram publicados pela Uqbar abordando diversos aspectos relacionados a intervenção do Banco Central no Banco BVA e o desempenho dos fundos que adquiriram créditos do banco, entre eles: FIDC do BVA: Risco de Crédito ou Operacional? e FIDC do BVA: mais algumas lições, ou serão as mesmas?.
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