Negócios Cetip (FIDC) – 24-28/Jun/13

Na semana passada foram registrados 139 negócios com cotas de FIDC na Cetip que totalizaram R$ 39,7 milhões. A cota sênior 1 do FIDC BMG Créditos Consignados IX apresentou o maior montante negociado (R$ 27,0 milhões) e o maior número de negócios (38).   Administrado pela Intrag DTVM, este fundo investe em operações de crédito pessoal consignado originadas pelo Banco BMG. Além das cotas do fundo acima, negócios com cotas de outros 12 FIDC foram registrados na Cetip. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.

CVM propõe reforma sobre depositários centrais, custodiantes e escrituradores

A CVM colocou hoje em audiência pública minuta de instrução com regras aplicáveis às atividades de depósito centralizado, custódia e escrituração de valores mobiliários, em substituição de regras em vigor desde 1988. O edital cita as mudanças ocorridas no mercado financeiro internacional em razão da crise de 2008 e a necessidade de infraestruturas de mercado consistentes para garantir a estabilidade financeira. Dessa forma, a presente audiência pública abarca três propostas de instruções, cada qual com a sua respectiva minuta. A Minuta nº 1 diz respeito aos depositários centrais, e estabelece, dentre outros pontos, que o depósito centralizado é condição para a distribuição pública e para a negociação de valores mobiliários em mercados organizados. Assim, para tal, seria necessário a sua efetiva imobilização em um depositário central. A Minuta nº 2 reconhece, principalmente, o papel do custodiante não apenas como um participante dos sistemas de depositário central que mantém as posições de seus clientes, mas como o efetivo responsável pela guarda de determinados ativos. Já a Minuta nº 3 trata dos escrituradores e agentes emissores de certificados e busca consolidar as melhores práticas referentes a tais atividades. A figura do escriturador especializado, como o de cotas de fundos de investimento, por exemplo, estará sujeita à obtenção de registro, que deve ser reflexo da adoção de estruturas adequadas ao tipo específico de escrituração.

O edital de audiência pública com as minutas de Instrução pode ser acessado clicando aqui.

Leme IPCA Multissetorial registra nova emissão de cotas

Foi registrada na CVM a oferta pública da segunda emissão de cotas sênior do FIDC Leme IPCA Multissetorial, no valor de R$ 300,0 milhões. A rentabilidade-alvo dessas cotas será atrelada ao IPCA com acréscimo de juros de 7,0% a.a. Administrado pela Gradual CCTVM, o fundo funciona sob o regime de condomínio aberto e investe em recebíveis performados ou a performar oriundos de operações de crédito a pessoa jurídica, realizadas em diversos segmentos da economia. O fundo não tem um prazo de encerramento determinado.

Antigo FIDC Pão de Açúcar aprova liquidação antecipada

O cotista do FIDC Multicredit deliberou pela liquidação antecipada do fundo, conforme ata da assembleia geral ocorrida em 13 de junho e divulgada na última segunda-feira (24). O outrora nomeado FIDC Pão de Açúcar encontrava-se desenquadrado em relação ao limite mínimo de 55,0% da carteira a ser mantida em direitos creditórios, o que caracteriza um Evento de Liquidação segundo o regulamento do fundo. Ao final de maio de 2013, de uma carteira da ordem de R$ 337,5 milhões, apenas R$ 54,6 milhões eram mantidos em direitos creditórios. A maior parte era composta por cotas de outros FIDC (Martins e Minerva), que representavam R$ 231,8 milhões. Ainda segundo a ata da assembleia, o cotista aprovou a amortização do Multicredit com a entrega em dação em pagamento das cotas de ambos os fundos supracitados.

Negócios Cetip (FIDC) – 17-21/Jun/13

Na semana passada foram registrados 74 negócios com cotas de FIDC na Cetip que totalizaram R$ 75,9 milhões. A cota sênior 1 do FIDC CEDAE apresentou o maior montante negociado (R$ 25,5 milhões).  Este fundo investe em recebíveis oriundos de prestações de serviço público por parte da CEDAE (Cedente) aos usuários de seus serviços (Devedores) e tem como administradora a Caixa Econômica Federal. Além das cotas do fundo acima, negócios com cotas de outros dezenove FIDC foram registrados na Cetip. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.

FIDC do BVA são rebaixados em vários níveis

A S&P rebaixou as classificações de risco atribuídas às cotas de FIDC lastreados por créditos originados pelo Banco BVA e manteve as cotas do BVA Master e do BVA Master II na listagem CreditWatch com implicações negativas. A agência não incorporou em sua análise a decisão tomada pelo Banco Central, na última quarta-feira, de liquidar o Banco BVA, cedente  destes fundos. A S&P informa que o rebaixamento decorre de diversos motivos, como a demora na restauração dos fluxos de repasses dos montantes recebidos para os FIDC e a impossibilidade de acesso aos documentos comprobatórios, que culminam com a dificuldade de superação dos desafios operacionais.  A manutenção da classificação de risco do BVA Master e BVA Master II na listagem CreditWatch com implicações negativas se justifica pelo tempo necessário para solucionar os problemas e as datas de vencimento legal destes, em maio e outubro de 2014, respectivamente. Segundo a agência a liquidação extrajudicial do Banco BVA poderá beneficiar os FIDC - acelerando o processo de transferência dos documentos e recursos depositados nas contas do banco. A Uqbar segue de perto os acontecimentos relacionados a estes fundos por considerar que estes representam um excelente teste para o mercado de securitização.

Tabela 1 - Ações da Agência

Fênix do Varejo tem cotas no valor de R$ 691,8 milhões classificadas

A Fitch atribuiu a classificação de risco ‘AAAsf(bra)’ à 2ª emissão de cotas sênior - em montante de R$ 663,4 milhões, e ‘BBsf(bra)’ à 2ª emissão de cotas subordinadas mezanino – em montante de R$ 28,4 milhões. Ao mesmo tempo a agência afirmou a classificação de risco da 1ª emissão de cotas sênior e subordinadas mezanino em ‘AAAsf(bra)’ e ‘BBsf(bra)’, respectivamente. A carteira do fundo é composta por recebíveis comerciais performados, provenientes de operações de compra de produtos e serviços de consumidores por meio de cartões de crédito nos canais de venda da Lojas Americanas e da B2W. Apenas os créditos devidos pela Cielo são elegíveis à operação, de forma que a classificação de risco das cotas depende da qualidade de crédito desta empresa. A Fitch elenca, entre outros, o adequado nível de subordinação (7,5% para classe sênior e 3,5% para classe mezanino) e a inexistência de atrasos nos últimos 12 meses -  a despeito de recompras feitas pelas cedentes – como principais fundamentos da classificação.

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Liquidação do BVA dispara Eventos de Avaliação em FIDC

O Banco Central do Brasil decretou, em 19 de junho, a liquidação extrajudicial do Banco BVA, pondo fim ao regime de intervenção em vigor desde 19 de outubro de 2012. O Ato Presi 12.521 seguiu-se à manutenção da situação de insolvência do banco, que não mais poderia normalizar seus negócios senão por soluções de mercado externas ao banco. Como nenhuma proposta de solução foi apresentada, o Banco Central decidiu pela liquidação da instituição. Até a apuração das responsabilidades, permanecem indisponíveis os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Segundo a autarquia, o BVA detinha 0,17% dos ativos do sistema financeiro e 0,24% dos depósitos. A liquidação do Banco BVA desencadeia Eventos de Avaliação em todos os FIDC dos quais o banco é cedente, os fundos BVA Master, BVA Master II, BVA Master III e Itália. O imbróglio envolvendo estes FIDC foi acompanhado pela Uqbar em diversos artigos, tais como: FIDC do BVA: mais algumas lições, ou serão as mesmas? e FIDC do BVA: Risco de Crédito ou Operacional?. Desenvolvimentos posteriores deste caso serão acompanhados pela Uqbar.

Cota mezanino do Rio Tibagi NP recebe CCC

A Liberum atribuiu a classificação de risco “CCC(fe)” para as cotas mezanino do FIDC Rio Tibagi NP. Segundo a agência, a carteira do fundo é composta principalmente por direitos creditórios cedidos pela Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento à Rio Tibagi Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros, a despeito do regulamento do fundo também permitir a aquisição de precatórios. A Liberum informa que a classificação de risco está essencialmente fundamentada no elevado perfil de risco do principal lastro do fundo (direitos creditórios vencidos e não pagos) e na incerteza quanto ao desempenho de recuperação desses ativos e nos reforços de crédito de tais ativos, representado principalmente pelo deságio praticado na aquisição da carteira.

Negócios Cetip/BM&FBOVESPA (FIDC) – 10-14/Jun/13

Na semana passada foram registrados 80 negócios com cotas de FIDC na Cetip que totalizaram R$ 61,2 milhões. A cota sênior 2 do FIDC SCE apresentou o maior montante negociado (R$ 24,2 milhões).  Este fundo investe em recebíveis comerciais performados oriundos de operações realizadas entre a Volkswagen (devedora) e seus fornecedores (cedentes) e tem como administrador a BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM. A cota mezanino do FIDC Saneago II apresentaram o maior número de negócios (12). Administrado pela BEM DTVM, esse fundo investe em recebíveis oriundos dos serviços de saneamento básico prestados pela Saneago (cedente) às empresas e moradores (devedores) do estado de Goiás. Além das cotas dos fundos acima, negócios com cotas de outros quinze FIDC foram registrados na Cetip. Não houve registro de qualquer negócio na BM&FBOVESPA.
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